São José foi o grande chefe e pai da família de Nazaré. Sob os seus ensinamentos e proteção, Deus quis entregar o seu Filho Jesus. Sem dúvidas, São José é mestre na condução de uma família.

Não dá para mensurar as tantas graças que desperdiçamos quando não contamos com a intercessão de São José em nossas famílias, de forma especial, nos relacionamentos entre pais e filhos.

O que encontramos hoje em dia, na maioria dos casos, são relacionamentos entre pais e filhos marcados pela incompreensão, intolerância e falta de ternura.

Dessa maneira, não é difícil encontrar corações feridos e indiferentes entre pais e filhos. É preciso olhar para o exemplo de São José e trilhar junto a ele um caminho de cura.

Aqui vão 3 dicas de como São José pode curar o relacionamento de pais e filhos.

Dica 1 – Consagre-se a São José

A consagração a São José é o primeiro passo de quem deseja ter sempre a sua intercessão e contar com as suas graças.

Os pais podem e devem consagrar seus filhos desde pequenos, para que permita a São José conduzir nossas vidas na vontade de Deus.

Dica 2 – Medite nas virtudes de São José

Jesus passou por volta de 30 anos sob a paternidade de São José e seus ensinamentos. Imaginemos então quanta virtude tinha este Grandíssimo Santo para que Jesus, que era Deus, lhe fosse submisso.

Veja abaixo algumas dessas virtudes:

Coragem e perseverança:

Enfrentou as grandes adversidades com coragem e perseverança, sempre foi uma fortaleza para seu filho Jesus e sua Mãe Maria.

Enquanto isso, Jesus sempre viu em São José o esforço constante para manter-se fiel à vocação de chefe da família de Nazaré, apesar de sua condição humana. A coragem criativa deste homem, que “não encontrando alojamento onde Maria possa dar à luz, arranja um estábulo e prepara-o de modo a tornar-se o lugar mais acolhedor possível para o Filho de Deus” (Patris Corde, Papa Francisco).

Analogamente, um pai não pode desistir em hipótese alguma de sua família. Deve sempre buscar aquecer com sua ternura o coração da esposa e dos filhos, não importa as circunstâncias. Já um filho não deve ser indiferente aos seus pais, antes deve ser para ele um fruto visível de seu esforço.

Outra coisa, São José foi homem de fé!

Ele não foi escrupuloso e vitimista, julgando-se incapaz de ser pai do filho de Deus, mas cheio de fé confiou na eleição de Deus e em Sua graça. Como afirmou o Papa Francisco: “O exemplo deste homem manso e sábio exorta-nos a elevar o olhar e a impeli-lo mais além” (Papa Francisco, 22 de dezembro de 2019).

Sobretudo, conduziu a família de Nazaré mediante aquilo que Deus lhe falava através de sonhos. Foram 4, as vezes em que Ele ouvindo a voz de Deus (cf. Mt 1,20; 2,13.19.22), acreditou e salvou o filho de Deus das armadilhas do mal.

É preciso ter esse olhar atento, pois o demônio tem atacado as famílias para roubar-lhes o Cristo. E uma das grandes armas malignas são as desavenças e falta de união.

É preciso abrir o coração ao perdão, acreditando que Deus há de conduzir sempre ao entendimento e à reconciliação.

Temperança e misericórdia

José, assim como muitos pais e filhos, foi provado pelas circunstâncias advindas de sua missão.

Quando José soube que Maria estava grávida, sem saber antes dos planos de Deus, ele pensou em deixá-la secretamente (cf. Mt 1,19).

Dessa forma ele não agiria segundo a justiça da sua época, que mandava apedrejar as mulheres pegas em adultério, mas sim com misericórdia.

José não agia sob o impulso de uma humanidade ferida pelo pecado, mas conforme a bondade e misericórdia Divina, com temperança e sabedoria.

Assim deve ser entre pais e filhos. A misericórdia deve ser o combustível de seus relacionamentos, jamais cedendo a impulsividade que uma desavença pode trazer, mas antes agir com misericórdia.

Dica 3 – Pedir a graça do Espírito Santo

As imperfeições fazem parte da realidade humana, mas a humildade que faz parte da realidade divina foi infundida em nós através do Espírito Santo.

A humildade, tão necessária entre os membros de uma família, é fruto do Espírito Santo. Dessa forma, é indispensável que supliquemos ao Espírito que seja Ele o elo e o condutor entre os relacionamentos de pais e filhos.

“Diante do próximo, a humildade é capaz de admirar, sem ciúme ou inveja, o bem que existe no outro. Antes, é capaz de superar a percepção de seus erros e limites, aprende a defender e ajudar as pessoas a crescerem” (Cf. Formação Canção Nova).

É preciso encontrar no coração dos pais e dos filhos a humildade em refazer a rota quando for preciso. O amor não admite orgulho.

O Espírito Santo é o próprio Deus em forma de amor, e foi esse amor a chama que aqueceu a família Sagrada; fazendo de São José o pai que deixou todos os seus planos por amor a Jesus.

Logo, peçamos sempre ao Espírito Santo que aqueça os nossos relacionamentos familiares.

Uma mensagem para os pais e outra aos filhos…

O Dia dos Pais se aproxima e ainda hoje a figura paterna está ligada ao símbolo de um “herói”. Os filhos crescem esperando sempre de seus pais atitudes heróicas, pois para eles a figura paterna está sempre um passo à frente.

Portanto, os pais sempre devem lutar para serem heróis, e os filhos precisam compreender que o heroísmo de seus pais não está na invencibilidade, mas, sim, no esforço constante!

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