Sabemos bem a importância da Santíssima Virgem Maria para nós católicos e para a Igreja, bem como sabemos quão grandioso foi a encarnação de Jesus em seu Seio. Pois bem, essa imensurável dádiva foi confiada a São José.

Para muitos, a pessoa de São José passa despercebida, mas basta olhar a história e os relatos da Igreja Católica para perceber sua grandíssima importância. Na Família Sagrada, na Igreja, ou em nossas próprias vidas.

Na história, ele era de estirpe real como podemos ver no 1º capítulo do Evangelho de São Mateus, mas a sua importância vai além disso.

Vamos meditar um pouco quem foi São José? Porém, assim como a Virgem Maria, ele é um mistério de Deus que jamais esgotaríamos!

São José era grande diante de Deus

Você já parou pra pensar que não pode ter sido a qualquer homem que Deus concedeu a missão de guardar a vida de Nossa Senhora e do Seu filho Jesus?

Um dos títulos de São José é “o justo” (Mt 1,19). Ser justo significa ser virtuoso (homem cheio de virtudes). Mas, repetindo o que está acima, isso não esgota o sentido. Por quê?

Se nos determos somente na palavra virtude (do latim virtus: Força, valor, coragem), que tem o mesmo radical para “homem”, ou “viril”, analogamente, podemos dizer que São José é virtuoso; no sentido de praticar o amor com vigor em conformidade ao Bem.

Somente essa definição já nos daria a perceber que ele não era qualquer homem e, apenas com isso, vislumbramos sua importante e grande missão.

Mas, indo ainda mais fundo, a Bíblia afirma que ele é um homem justo. Ou seja, Deus o coroa pelos seus méritos e “o mérito diz respeito à virtude da justiça, em conformidade com o princípio da igualdade que a rege” (Cf. CIC § 2006).

A nossa intenção não é te encher de conteúdos, mas, para que você entenda que… Não, São José não é um santo qualquer! Era preciso uma grande vida de virtudes para que Deus livremente associasse a graça de guardar seus tesouros: a Virgem Maria e o Menino Jesus.

Ele era, portanto, esse homem de mérito perante o Senhor! Vemos isso nas pequenas narrações que encontramos sobre sua pessoa nas sagradas escrituras.

O guardião da Família Sagrada

Entregar-se, confiar, prover, ensinar, suportar, essas e muitas outras ações foram realizadas por São José ao ser esposo de Maria e pai adotivo de Jesus.

Ele humildemente acolheu os sonhos e projetos da vontade divina. Sem saber o que lhe aguardava, ele confiou em Deus para conduzir a família Sagrada. Dessa forma pôde experimentar em sua própria carne e, diante de seus olhos, a providência divina.

Ensinou ao Menino Jesus a sua profissão de carpinteiro e assim, como homem, conferiu-lhe dignidade. É verdade que Jesus por ser filho de Deus já trazia em si a plenitude como pessoa humana, mas quis Deus passar pelos ensinamentos de José. Que grande mistério!

De fato, não seria a qualquer ensinamento que Deus se sujeitaria. São José era realmente um grande homem!

Quantas vezes, por confiar na voz de Deus, ele livrou do mal sua sagrada família, como podemos ver, por exemplo, em Mateus 2,13-14:

“Depois de sua partida, um anjo do Senhor apareceu em so­nhos a José e disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar”.

José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito.

Ele tinha a grande missão de guardar a Sagrada Família e de suportar, literalmente, ser suporte em todas as adversidades para que se cumprisse todos os planos divinos.

Por trás da Santíssima Virgem e do Menino Jesus havia uma coluna fortíssima e de virtude inquebrantável, por tantas vezes, talvez, imperceptível, mas indispensável para que Deus agisse em seu plano salvífico.

Patrono da igreja

O Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1870, declarou o glorioso São José, Patrono da Igreja Universal Católica.

Naqueles tempos tão difíceis para a Igreja e também vislumbrando as dificuldades futuras, foi confiado a São José a guarda da Igreja.

Ao olharmos a pessoa de São José para a Igreja, percebemos que logo após dar-se glórias à Santíssima Mãe de Deus, se honra e se cumula de louvores o Santíssimo São José.

São João Paulo II o apresentou como o “Guardião do Redentor” (Redemptoris custos). E o Papa Francisco afirma que, assim como São José, “ser cristão não é apenas receber a fé, confessar a fé, mas guardar a vida, a própria vida, a vida dos outros, a vida da Igreja”.

São José na vida dos Santos

Na vida dos Santos, ele é inúmeras vezes citado como indispensável para a vida de santidade.

Santa Teresa D’avila foi uma grande santa e doutora da igreja e ela mesmo testemunha as muitas graças que recebeu por ser devota de São José.

Vejamos o trecho abaixo:

“Eu queria persuadir todos a serem devotos desse glorioso santo, pela minha grande experiência de quantos bens ele alcança de Deus. Não conheço nenhuma pessoa que realmente lhe seja devota e a ele se dedique particularmente, que não progrida na virtude; porque ele ajuda muito as almas que a ele se encomendam. Há alguns anos, sempre lhe peço, em seu dia, alguma coisa, nunca deixando de ser atendida.” (Livro da Vida, p. 50).

Além disso, também vemos em São Francisco de Sales (1655), doutor da Igreja: “São José ultrapassou, na pureza, os Anjos da mais alta hierarquia”.

Portanto, na vida deste homem grandiosíssimo encontramos mais os dons com que foi agraciado do que os méritos, porém o essencial foi-nos deixado. A Bíblia nos afirmou que ele é “justo”. Assim como a excelência de ser o único homem sobre a Terra a quem Jesus chamou de pai.

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